Alto da Sé: igrejas, mirantes e as melhores vistas de Olinda

O Alto da Sé é uma área de grande interesse turístico, histórico e cultural do centro de Olinda, cidade da Grande Recife que é patrimônio da humanidade pela UNESCO desde 1982.

Formado por uma movimentada praça que mantém a mais tradicional feira da cidade, mirantes que proporcionam vistas fantásticas e uma das igrejas mais antigas no Brasil, foi nesta colina que em 1535, Duarte Coelho fundou a cidade, justamente por ser um lugar onde se avista a terra e o mar.

O que ver a fazer no Alto da Sé:

Catedral da Sé de Olinda

Não tem como falar do Alto da Sé sem citar a Catedral de São Salvador do Mundo, a popularmente conhecida Catedral da Sé. Mais famoso e visitado marco arquitetônico de Olinda, a Sé é também a maior igreja quinhentista do Brasil e a segunda mais antiga construção religiosa de Pernambuco.

História
A primeira construção religiosa do Alto da Sé foi uma pequena capela de taipa de pilão erguida entre 1537 e 1540, sendo dedicada a Jesus Cristo como Salvador do Mundo. Como a taipa é um material de pouca resistência, a capela ficou, com o passar dos anos, inutilizada, sendo substituída por uma igreja de alvenaria construída em 1584 por iniciativa do Frei Antônio Barreiro, terceiro Bispo do Brasil. A partir de 1591 foram acrescentadas uma abóbada na capela-mor, a sacristia e as dependências anexas, sendo elevada a Matriz com o nome de São Salvador do Mundo.

Com a invasão holandesa em 1630, a igreja foi profanada e usada como estrebaria até ser destruída por incêndio em 1631. Depois da expulsão dos holandeses em 1937, a cidade reergueu a igreja com grandes esforços, e as obras se prolongaram até o século XVIII. Já em 1676, com a criação do Bispado de Olinda, a antiga matriz foi elevada à condição de catedral.

Em 1919, o edifício sofreu várias intervenções que descaracterizaram o seu estilo original. Porém, entre 1974 e 1976 a igreja foi restaurada, readquirindo boa parte de suas feições originais de transição entre a renascença e o barroco (período maneirista).

 

A visita
A igreja costuma estar aberta diariamente, porém seus horários podem variar.

O mirante
Já ao lado da Sacristia está o acesso ao terraço externo da Sé, que oferece as mais belas vistas da cidade, na minha humilde opinião. O espaço é amplo e dele podemos avistar a Igreja do Carmo, a Igreja de São Pedro Apóstolo e o Convento de São Francisco, todas emolduradas pelo mar esverdeado da região, além de se poder avistar boa parte de Recife.

No terraço há também uma belíssima imagem de Jesus Cristo, o Salvador.

 

Horto d’El Rey
Pouca gente sabe, mas boa parte da grande área de vegetação que envolve o Alto da Sé pertence ao Horto d’El Rey, considerado o segundo mais antigo jardim botânico do país. Fundado em 1811 com o nome de Real Viveiro de Plantas, o horto era usada para pesquisas e distribuição de mudas de plantas até 1842, quando foi vendido e se tornou uma propriedade particular pertencente a família Manguinhos. Infelizmente não é possível visitar seu interior, mas há alguns projetos para tentar tornar o espaço público.

 

Praça do Alto da Sé
É ao redor desta histórica praça que a cidade se movimenta. Além de abrigar o Cruzeiro da Sé, é nesta praça que ficam a tradicional feira de artesanato, com inúmeras barracas que vendem produtos típicos de Olinda, assim como os quiosques famosos por venderem uma das melhores tapiocas do estado. Destaque também para os mirantes om vistas para Recife.

 

Observatório Astronômico
O Observatório Astronômico do Alto da Sé foi construído em 1890 em estilo neoclássico, durante o governo de Alexandre José Barbosa Lima, próximo do local onde o astrônomo francês Emmanuel Liais observou em 1860 o cometa Olinda, o primeiro descoberto na América Latina. Já em 1882, o local foi usado por astrônomos para observar o “trânsito de Vênus”, evento da passagem do referido planeta através do disco solar. Esses dois eventos motivaram construir esse observatório de 56 metros de altura. Em seu interior também há exposições permanentes sobre os planetas do sistema solar.

 

Casa dos Bonecos Gigantes do Alto da Sé
O famoso e agitado Carnaval de Olinda não seria o mesmo sem a presença dos grandiosos bonecos de Carnaval usados durante as festividades. Originados na Europa durante a Idade Média, a tradição destes bonecos chegaram a Pernambuco pela pequena cidade de Belém do São Francisco, no sertão do estado, com a chegada de um padre belga que levou ao conhecimento de seus discípulos esta tradição, sendo desta cidade a origem a criação do primeiro boneco gigante do Brasil em 1919, Zé Pereira, e em seguida, Vitalina. A tradição dos bonecos gigantes iniciada em Belém do São Francisco chegou em Olinda em 1931, com a criação do boneco Homem da Meia Noite.

E boa parte desta história, assim como vários bonecos que já desfilaram pelas ladeiras de Olinda durante o Carnaval, podem ser vistas neste espaço que funciona como museu, loja, lanchonete, restaurante e espaço cultural, com constantes apresentações de musica e danças típicas.

Há um outro museu, maior que este, dedicado aos Bonecos de Olinda e que fica próximo ao Marco Zero do Recife.

Escrito por:

Pousada Baobá de Olinda

pousadabaobadeolinda@gmail.com

 @pousadabaobadeolinda

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